O corpo Ancestral

Historia no corpo

O corpo Ancestral

Muitos me perguntam como funciona a constelação familiar e de onde vem tantas informações quando estamos trabalhando. É claro que respondo sobre Rupert Sheldrake e sua explicação dos campos morfogenéticos, e como atuam com sua fenomenologia dos sentimentos.

E algumas vezes temos a sensação que esse processo acontece de fora para dentro coisa que realmente não é verdade, em muitos de seus livros como “Sensação de estar sendo Observado” e “Uma nova ciência da vida” ele explica que os campos conduzem os genes para as formas específicas de cada espécie. Isso já mostra que nosso corpo está intimamente ligado a evolução de milhares de anos contendo registros e informações que são úteis para nosso processo de cura na constelação familiar.

Vamos colocar isso para autores mais utilizados no nosso dia a dia para entender melhor. É sabido que na evolução psíquica do ser, muitas vezes contemos traumas que estão registrados em nosso corpo e não temos memória, são traumas ocorrido nos primeiros 36 meses de vida, onde nosso corpo ainda não tem habilidade ou sistema nervoso constituído para lembrar. Esses registros se tornam uma ação repetitiva onde o cliente vai tomar contato muitas vezes em sessão de analise como a hipnose, ou conversando com seus pais mais tarde para explicação. Esse também é um assunto que Bert Hellinger nos fala como movimento primário interrompido. Mas e quando esses registros estão além da compreensão da biografia?

Chamo isso de o “Corpo ancestral”, isso mesmo esse corpo que estamos vivendo e que está relacionado com milhões de anos para amadurecer e chegar a este ponto de nossa vivência.
Quer dizer que o processo de constelação está no corpo e na alma, nossas dúvidas, angústias, medos moram neles, porem o processo de cura também. Conhecer seu corpo e ter maior intimidade faz toda diferença em inúmeros processos terapêuticos e isso não muda com a Constelação.
Quando estamos em atividade com “A Nova Constelaça
õ Familiar”, esse trabalho que tem poucas ou nenhuma fala estamos ligados profundamente com o corpo e isso nos torna inteiro.
Um outro olhar que podemos também nos apoiar é o da Epigenetica. Esse é um artigo da revista Carbono que vale a pena:
http://revistacarbono.com/artigos/03-epigenetica-e-memoria-celular-marcelofantappie/
A epigenética é definida como modificações do genoma que são herdadas pelas próximas gerações, mas que não alteram a sequência do DNA. Por muitos anos, considerou-se que os genes eram os únicos responsáveis por passar as características biológicas de uma geração à outra. Entretanto, esse conceito tem mudado e hoje os cientistas sabem que variações não-genéticas (ou epigenéticas) adquiridas durante a vida de um organismo podem frequentemente serem passadas aos seus descendentes. A herança epigenética depende de pequenas mudanças químicas no DNA e em proteínas que envolvem o DNA.


Existem evidências científicas mostrando que hábitos da vida e o ambiente social em que uma pessoa está inserida podem modificar o funcionamento de seus genes.

O termo “epigenética” tem origem do grego, onde “epi” significa “acima, perto, a seguir”, e estuda as mudanças nas funções dos genes, sem alterar as sequências de bases (adenina, guanina, citosina e timina) da molécula de DNA (ácido desoxirribonucleico). As modificações epigenéticas podem ser herdadas no momento da divisão celular (mitose) e irão ter um profundo efeito na biologia do organismo, definindo diferentes fenótipos (i.e. morfologia, desenvolvimento, comportamento etc).
Desde os anos de 1865, quando Gregor Mendel anunciou as leis da hereditariedade, deduzidas a partir de seus experimentos com ervilhas, os genes têm sido considerados como a única forma pela qual as características biológicas podem ser transmitidas através de sucessivas gerações. Entretanto, hoje existem várias evidências moleculares da existência de uma herança não-genética. Esses estudos mostram que variações não-genéticas adquiridas durante a vida de um organismo podem frequentemente ser transmitidas para os descendentes; um fenômeno conhecido como herança epigenética.

Nesse sentido, através da herança epigenética um organismo pode ajustar a expressão gênica de acordo com o ambiente onde vive, sem mudanças no seu genoma. Por exemplo, experiências vividas pelos pais (dieta, maustratos, tratamento hormonal) podem ser transmitidas para as gerações futuras. Isso tem sido bem demonstrado em uma série de estudos onde famílias com grave escassez de alimentos na geração dos avós, filhos e netos têm maior risco de doenças cardiovasculares e diabetes. Outros estudos sugerem que as mães passem aos filhos os efeitos cognitivos durante a gestação, provavelmente liberando hormônios que fazem com que marcadores químicos epigenéticos (não dependentes dos genes) apareçam nos genes de seus filhos, regulando sua expressão depois do nascimento. Outro exemplo claro do papel da herança epigenética pode ser encontrado nos gêmeos idênticos; estudos mostram que durante a transição da infância para a vida adulta, os gêmeos passam a divergir significativamente em seus níveis de sintomas relacionados à ansiedade e à depressão.

Como compartilham do mesmo background genético (exatamente a mesma sequência de bases em ambos os genomas) essa divergência só pode ser fruto das experiências individuais durante a vida (e das mudanças epigenéticas).
Passado a era do sequenciamento do genoma humano (publicado em 2004), o esforço atual tem sido depositado em cima do sequenciamento do epigenoma, ou seja, na identificação de todas as citosinas metiladas ao longo do genoma. O epigenoma na sua totalidade irá levar a um melhor entendimento de como a função do genoma é regulada na saúde e na doença, e também como a expressão genética é influenciada pela alimentação e pelo ambiente.

Colocando no olhar Hellingeriano, nossa alma não é um indivíduo separado e sim uma alma única a alma “Familiar” então porque não começar na morada dessa alma?
O corpo ancestral.