No processo de evolução passamos por dois movimentos internos que nos ajudam a crescer e desenvolver para uma nova consciência. O julgamento e a inocência são dois aspectos da ação interior que vamos estruturar para uma nova emoção.
Precisamos sair de nossa inocência para o comprometimento da causa e assim arcar com as consequências.
Inocência não é olhar nossa criança mas sim saber para onde a nossa criança olha com amor. Quando conseguimos identificar podemos sair do movimento magico infantil e trabalhar o que nossa criança realmente quer. É tirar o peso daquilo que não conseguimos alcançar e perceber que com recursos agora como adultos podemos fazer, comprometendo intimamente com seu destino.
Já o julgamento tem faces diferentes neste processo. Podemos falar que existe um que exclui trazendo um movimento de repetição, esse é o julgamento que colocamos na vida que rompe nosso crescimento. Deixamos de ter a compaixão e julgamos aquilo que achamos certo ou errado, neste caso sempre haverá um culpado e um inocente. Já no movimento de crescimento podemos julgar aquilo que é melhor para ser vivido, e agora mudamos totalmente de posição, pois esse julgamento age com integração.
Integração que nos ajudara a ter mais recursos em nosso destino.
No processo sistêmico sempre haverá uma nova consciência a integrar e se não usarmos o julgamento e integraçaõ não conseguiremos, pois essa pratica exige deixar para tras parte de uma conduta e assumir outra.
Esses dois lugares precisam ser compreendidos interiormente para as modificações das emoções.
“Mas existe também a culpa inconsciente, quando alguém se arroga a algo. Por exemplo, quando uma criança se arroga a assumir a responsabilidade pelos pais. Então elas se fazem de grandes. Muitos clientes se fazem de grande com relação a seus pais como se fossem responsáveis e pudessem assumir algo por eles. E o estranho é que por um lado, isso é vivenciado como uma inocência, por que a criança faz isso por amor”.
Aqui seria a inocência .
Livro: A fonte não precisa perguntar o caminho, pagina 78
Bert Helinger