Abril Despedaçado

Abril Despedaçado

“Em terra de cego quem tem um olho é doido”

Essa frase retirada do filme nos mostra um pouco sobre o que o Bert Hellinger fala sobre boa ou ma consciência. Para sairmos da “boa” consciência precisamos fazer diferente e para toda informação nova em nosso sistema , existe uma consequência o sentimento de solidão e afastamento do grupo. Essa é parte que carregamos uma culpa por algo maior, nossa felicidade.

Quando falamos em repetiçãos ou maldição familiar tomamos contato com histórias que se repetem cegamente, sem nos perguntar o porque estamos trilhando os mesmos passos que outros já fizeram e obterão o resultado já esperado.

Em Abril Despedaçado podemos perceber como seguimos padrões familiares, seguimos a uma fidelidade para não nos afastar do grupo. Assim fazemos na perspectiva de nos sentir pertencente a uma ordem mesmo que ela seja de encontro a morte.

Ser diferente ou especial aos olhos desse grupo leva ao indivíduo uma dor, a força para voltar a história roteiro. Para sair dessa maldição é encontrar uma nova consciência, fazer diferente desse sistema. Algo que a princípio não é fácil, se ver diferente de um grupo exige coragem pois a solidão, duvida e angustia estarão ao lado desta nova atitude. Se estamos fazendo algo igual ao grupo foi porque eles aprenderam daquela maneira e não tiveram condições de elaborar um novo caminho, fazer igual nos sentimos pertencentes e seguros. Para isso precisa nascer alguém diferente, ousar fazer um novo caminho e quebrar a dinâmica familiar, levando essa família a outra dimensão de consciência.

Este filme revela uma dinâmica de boa parte das famílias brasileiras, ajudando a trazer luz a movimentos repetidos em tantas gerações, construir uma nova conduta exige coragem.

https://www.youtube.com/watch?v=wqzx1fWF2cY