“Para mim foi muito difícil tomar uma posição sobre meu casamento, há quatro anos venho percebendo nitidamente que não consigo mais levar adiante essa relação, porém, mesmo assim, não consigo colocar um ponto final.” Carla Machado
Falar sobre casamento é falar sobre um sonho. Pois a maioria das pessoas vive em busca da sua cara-metade, a famosa metade da laranja, ou alma-gêmea. Não importa o nome, pois todos eles representam o mesmo desejo, ou seja, compartilhar a vida com alguém especial.

Agora gostaria que você refletisse sobre as seguintes perguntas:

 Quem foi que te ensinou a se relacionar?
 É mesmo seu desejo encontrar alguém?
 Você quer um casamento tradicional?
 Ou será que te ensinaram que este era o caminho certo a seguir?
 Você acha que está levando esse casamento longe demais?
 E se não deu certo você se culpa por isso?
 E como é pra você ser solteira?

Essas são algumas perguntas que faço às minhas pacientes no processo terapêutico, para que elas tomem conhecimento do que se passa em seu íntimo e possam tomar decisões que podem mudar suas vidas.
Muitas vezes seguimos as convenções da sociedade e trilhamos caminhos que consideramos o certo simplesmente por que os nossos familiares trilharam e não entramos em contato com os nossos verdadeiros sonhos e desejos secretos da nossa alma.

E em um casamento é comum que, mesmo não tendo mais envolvimento, carinho, troca, e mesmo amor entre o casal, ainda resta a vontade de querer consertar algo que já acabou há muito tempo por medo do futuro e de deixar uma situação até o momento conveniente e cômoda. E não podemos deixar de falar que toda separação é um luto que é causado pela dor da perda, pois você deverá aprender a viver sem essa pessoa e terá que reconstruir a sua vida, pois quando a amizade e a convivência entre o casal é mais importante do que a relação Marido e Mulher pode ser que tenha chegado o momento de rever os conceitos dessa relação.

Neste caso por exemplo, podemos perceber um casamento desgastado, e infelizmente em outros o final é bem triste, pois o respeito não prevalece e a convivência torna-se insuportável.
Em um casamento é adequado que o casal esteja por inteiro nessa relação e que prevaleça o sentimento de compartilhar, mas sem que percam sua individualidade, mas observamos muitas vezes que o que mantém uma relação é a CULPA. Ou seja, culpa por não ter dado certo, ou por não ter correspondido à expectativa do outro, da família, dos filhos e da sociedade. E assim faz-se uma nova tentativa, dá-se uma nova chance ao outro e a você mesma.
E a sua felicidade onde fica nesta história? Outra questão é a preocupação com os filhos no caso de uma separação, porém é importante lembrar que antes dos filhos veio o casamento e sua relação com seu parceiro e com você mesma. Um dia seus filhos crescerão e partirão rumo à suas próprias conquistas e escolhas, então vale a pena você pensar nas suas escolhas e em sua felicidade dentro ou fora do casamento. Invista em você e em sua felicidade.
Aqui mencionei apenas uma parte das muitas histórias que poderemos apresentar, pois cada mulher possui dentro de si um infinito particular. E conseguir fazer suas escolhas conscientemente é só um começo.

E, se você conseguir olhar para a sua relação atual e perceber que ela não faz mais sentido pra você, talvez tenha chegado o momento de virar a página e seguir em frente rumo a uma nova história que faça sentido de acordo com a sua vida atual. Esse pode ser o começo de um novo caminho rumo à sua felicidade. Claro que as mudanças causam medo e insegurança, mas isso sempre vai existir, mas viva um dia de cada vez e dê um passo de acordo com a sua coragem e força e uma nova mulher se revelará a você.

Mas para que um novo ciclo comece é importante que o anterior seja fechado e olhado com respeito e amor. É importante que você tenha gratidão por tudo que viveu com o seu parceiro e que dê um lugar de honra e respeito em seu coração a ele e às histórias que vocês viveram juntos. E quando você sentir isso verdadeiramente em seu coração poderá dizer com consciência e amor:

“Eu te libero e assim eu me libero também…”